Entenda o que é a depressão pós-parto
A doença que se manifesta no pós-parto pode atingir praticamente todas as novas mamães. A diferença está no grau que ela alcança, podendo ser mais grave em alguns casos
Redação
Nove meses se passaram. Muitas expectativas foram criadas. O bebê nasceu e agora é só alegria, certo? Nem sempre… Mais comum do que se imagina, a depressão pós-parto é uma doença grave e atinge uma grande parte das mulheres. Segundo pesquisa do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), um terço das mães que utilizam o sistema público de saúde de São Paulo sofre da doença. Em escala mundial, o número é de 15%. Identificar e tratar a doença, além da compreensão por parte da família, são passos importantes para preservar a saúde da recém-mamãe e do bebê.

Atenção e compreensão
É normal a mulher se sentir insegura com o novo bebê, afinal, aquele pequeno ser é totalmente dependente, principalmente dela. Por isso, reações de tristeza e estresse são comuns nos dias pós-parto. Porém, se os sintomas duram mais de 14 dias é preciso procurar ajuda médica. Atitudes de rejeição em relação ao bebê são os principais sintomas. “Isolamento, não falar sobre o bebê, choro fácil e sentimento de raiva, isso nos casos mais graves”, esclarece o psicólogo Eduardo Coutinho Lopes.
Nesse momento é fundamental que todos que estão envolvidos, como o pai e familiares, não julguem, acreditando ser crueldade da mãe. “Todas as mulheres experimentam a depressão pós-parto, só que os níveis variam de uma pra outra”, explica o especialista. Segundo Lopes, não existe uma faixa etária mais propícia a desenvolver a doença. O que é comum é o surgimento da doença na segunda gestação.
Por quê?
As causas podem ser várias, mas as principais são a queda abrupta de hormônios, história de depressão na própria mãe ou na família e a grande ansiedade que agrava as expectativas quanto à criação do bebê. Ainda de acordo com ele, a doença não tem relação com a forma como é feito o porto, pois ela se desenvolve ao longo do período da gestação.
Prevenção
O pré-natal é essencial por diversos motivos e detectar a depressão é um deles. O médico deve ficar atento a sinais compulsivos e ao histórico da paciente. Caso seja notada alguma variação anormal, é indicado que a gestante seja encaminhada para um tratamento psicológico antes do nascimento.
Tratamento
“O melhor é procurar um atendimento psicoterápico, psicanálise e, em casos mais graves, um serviço de psiquiatria”, lembra o psicólogo. Quando o diagnóstico é confirmado, geralmente inicia-se um tratamento à base de antidepressivos, sempre prescrito por um médico. A família deve tomar o controle da situação, cuidando do bebê e sem pressionar a mãe. A mulher deve se sentir segura para melhorar, sem estar sobrecarregada de responsabilidades.
E o bebê?
Muitos profissionais da medicina acreditam que a relação mãe-bebê é crucial para o desenvolvimento do pequeno. Assim, a depressão poderia afetar o recém-nascido. “O não acolhimento pode sem levar a um mau desenvolvimento da criança”, ressalta o psicólogo. Como a mulher depressiva não está em condições de se entregar a esses cuidados, a responsabilidade é passada para o pai ou parentes próximos. Assim que o quadro da mãe estiver estável, ela voltará aos poucos a dar atenção ao filho, sem maiores consequências.
Baby blues
Originário dos Estados Unidos, o termo se refere à alteração de humor na mamãe após o nascimento do bebê, geralmente entre o terceiro e o quinto dia após o parto. Também conhecido como melancolia do pós-parto, o baby blues tem sintomas parecidos com os da depressão pós-parto, mas não é considerado uma doença, pois dura pouco e a recuperação acontece espontaneamente. Costuma ser recorrente, atingindo de 50% a 80% das mulheres e é necessário atenção aos sintomas, para que o quadro não evolua para a depressão.

Foto: Shutterstock Images
É normal a mulher se sentir insegura com o novo bebê, afinal, aquele pequeno ser é totalmente dependente, principalmente dela. Por isso, reações de tristeza e estresse são comuns nos dias pós-parto. Porém, se os sintomas duram mais de 14 dias é preciso procurar ajuda médica. Atitudes de rejeição em relação ao bebê são os principais sintomas. “Isolamento, não falar sobre o bebê, choro fácil e sentimento de raiva, isso nos casos mais graves”, esclarece o psicólogo Eduardo Coutinho Lopes.
Nesse momento é fundamental que todos que estão envolvidos, como o pai e familiares, não julguem, acreditando ser crueldade da mãe. “Todas as mulheres experimentam a depressão pós-parto, só que os níveis variam de uma pra outra”, explica o especialista. Segundo Lopes, não existe uma faixa etária mais propícia a desenvolver a doença. O que é comum é o surgimento da doença na segunda gestação.
Por quê?
As causas podem ser várias, mas as principais são a queda abrupta de hormônios, história de depressão na própria mãe ou na família e a grande ansiedade que agrava as expectativas quanto à criação do bebê. Ainda de acordo com ele, a doença não tem relação com a forma como é feito o porto, pois ela se desenvolve ao longo do período da gestação.
Prevenção
O pré-natal é essencial por diversos motivos e detectar a depressão é um deles. O médico deve ficar atento a sinais compulsivos e ao histórico da paciente. Caso seja notada alguma variação anormal, é indicado que a gestante seja encaminhada para um tratamento psicológico antes do nascimento.
Tratamento
“O melhor é procurar um atendimento psicoterápico, psicanálise e, em casos mais graves, um serviço de psiquiatria”, lembra o psicólogo. Quando o diagnóstico é confirmado, geralmente inicia-se um tratamento à base de antidepressivos, sempre prescrito por um médico. A família deve tomar o controle da situação, cuidando do bebê e sem pressionar a mãe. A mulher deve se sentir segura para melhorar, sem estar sobrecarregada de responsabilidades.
E o bebê?
Muitos profissionais da medicina acreditam que a relação mãe-bebê é crucial para o desenvolvimento do pequeno. Assim, a depressão poderia afetar o recém-nascido. “O não acolhimento pode sem levar a um mau desenvolvimento da criança”, ressalta o psicólogo. Como a mulher depressiva não está em condições de se entregar a esses cuidados, a responsabilidade é passada para o pai ou parentes próximos. Assim que o quadro da mãe estiver estável, ela voltará aos poucos a dar atenção ao filho, sem maiores consequências.
Baby blues
Originário dos Estados Unidos, o termo se refere à alteração de humor na mamãe após o nascimento do bebê, geralmente entre o terceiro e o quinto dia após o parto. Também conhecido como melancolia do pós-parto, o baby blues tem sintomas parecidos com os da depressão pós-parto, mas não é considerado uma doença, pois dura pouco e a recuperação acontece espontaneamente. Costuma ser recorrente, atingindo de 50% a 80% das mulheres e é necessário atenção aos sintomas, para que o quadro não evolua para a depressão.
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