quarta-feira, 7 de maio de 2014

Coisa de mulher (#0099)

Aprenda a limpar e conservar as roupas de couro
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  • Tanto o couro quanto os materiais sintéticos não podem ser lavados com água como os outros tecidos Tanto o couro quanto os materiais sintéticos não podem ser lavados com água como os outros tecidos
O couro é um desses materiais nobres que atendem a diversas aplicações e nunca saem de moda. A beleza e a versatilidade, entretanto, têm um preço e, assim, foram desenvolvidos produtos sintéticos com aparência e textura bem próximas às do natural, mas com um custo menor. Outra semelhança entre os dois é a necessidade de alguns cuidados de conservação e limpeza para durarem mais e não desbotarem. Veja a seguir.

Limpeza

A regra de ouro é: couro e água não combinam. Por isso, a melhor forma de limpá-lo é com um pano úmido, bem torcido, sem nenhum tipo de produto químico. Esqueça sabão neutro, detergentes ou álcool. As peças sintéticas são menos sensíveis que o couro, mas devem seguir a mesma forma de limpeza.
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ESTAMPA ANIMAL - Quando o assunto é combinar estampas de bichos com couro, o ideal é apostar em misturas de materiais. Não tenha medo do mix de cores, mas use o bom senso. Nesse caso, a camiseta de onça traz apenas detalhes de couro nas mangas e a calça, em material "fake", é colorida, porém tem um tom mais fechado, com zíperes discretos no quadril, para não aumentar a silhueta. O acessório também valoriza a pele animal, em cores menos óbvias, como rosê, nude ou vinho Leia mais Divulgação

Como guardar

Mantenha as roupas em local fresco e arejado. Elas devem ficar penduradas em cabides, com espaçamento para ventilação e protegidas por uma capa de TNT. Peças que são guardadas em gavetas também podem ser acondicionadas em sacos de TNT. Esse tipo de embalagem permite a troca de ar e evita a formação de mofo. Dê preferência aos cabides, pois eles não formam vincos.

Chuva, umidade e mofo

Ao tomar chuva ou neve, retire o excesso de umidade da peça com um tecido limpo e seco e deixe secar naturalmente, em ambiente interno e arejado, até que esteja completamente seca. Esse processo pode demorar até quatro dias. Nunca use aquecedores ou secador de cabelo. Caso apareçam manchas de mofo, o melhor a fazer é limpar com um pano levemente úmido, bem torcido, e deixar por alguns minutos sob o sol ameno. Mas antes cubra com um tecido de algodão, para evitar que perca a coloração original.

Manchas líquidas

Se algum líquido cair na roupa de couro, use primeiro um lenço de papel para absorver o excesso e depois limpe com um pano, sempre com movimentos da borda para o centro, para evitar o aumento da marca. Se a mancha resistir, umedeça levemente o pano com água, torça e esfregue o local com cuidado.

Pode passar?

Alisar o couro com ferro de passar deve ser evitado. Mas se a roupa apresentar vincos fortes por conta do tempo que ficou guardada ou dobrada, passe a peça com ferro em temperatura de 70 ºC com uma toalha por cima. Nunca coloque o ferro diretamente no couro e muito menos use a função vapor. Nunca passe as peças sintéticas. Como elas são feitas de polímeros, podem derreter mesmo com a proteção de uma toalha.

Cuidados extras

  • Não deixe o couro em contato com peças claras no guarda-roupa, pois ele pode manchar outros itens.
  • O contato direto do couro com a pele pode absorver a oleosidade e provocar manchas na peça.
  • Para prevenir rachaduras, hidrate periodicamente as peças com glicerina para calçados, à venda em lojas especializadas.
  • Evite guardar couro em embalagens plásticas: elas não permitem a troca de ar com o ambiente, propiciando a proliferação de fungos e mofo.
  • Os cabides de madeira, bem largos, são ideais para guardar jaquetas e blusas. Eles evitam deformidades nos ombros das peças.
  • Saias devem ser penduradas pelas fitas internas em cabides com gancho lateral. Cabides com presilhas marcam o cós.
  • A cada seis meses, tire as peças do armário e deixe que ventilem em local seco e sem luz por um dia.

Chame pelo nome certo

Tecnicamente, somente a pele animal deve ser chamada de couro. Segundo a legislação brasileira, os materiais sintéticos não podem receber essa terminologia. O uso do termo "couro sintético" foi proibido para evitar a confusão entre os consumidores. As lojas e confecções classificam como "material sintético" as peças que parecem couro, mas são feitas de polímeros, fibras vegetais ou tecidos resinados.
 
Já o couro ecológico ou couro vegetal tem origem animal, com a diferença que ele foi curtido em extratos vegetais, reduzindo o impacto ambiental do processo de acabamento. Esse tratamento químico, que acontece nos curtumes, é fundamental para interromper a deterioração do couro, deixando o material resistente por décadas, quando bem conservado.

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