sexta-feira, 4 de abril de 2014

Coisa de mulher (#0088)

Saiba como orientar o adolescente antes da primeira relação sexual
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Rita Trevisan e Suzel Tunes
Do UOL, em São Paulo
  • Getty Images
    Os pais devem falar abertamente sobre as regras da família, como dormir na casa do namorado (a) Os pais devem falar abertamente sobre as regras da família, como dormir na casa do namorado (a)
Para pais de primeira viagem ou não, o momento que o filho ou filha adolescente começa a namorar é envolvido em certa preocupação por causa do início da vida sexual. Para vivenciar essa fase com tranquilidade, é preciso ter um canal de diálogo aberto com o jovem para tratar de aspectos de saúde e emocionais, além de deixar claras as regras da família sobre namoro e sexualidade.
A Pense (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar), de 2012, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o Ministério da Saúde, com o apoio do Ministério da Educação, revelou que 28,7% dos estudantes com idade entre 13 e 15 anos já tiveram relação sexual.
Provavelmente, muitos deles não anunciaram o fato previamente aos pais. Por isso os especialistas defendem que a educação para a sexualidade comece na infância.
"Os pais precisam cuidar da educação sexual dos filhos, independentemente de quando eles usarão essas informações", diz o psicoterapeuta Oswaldo M. Rodrigues Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex). Até porque, quanto mais o assunto for tratado com naturalidade dentro de casa, mais os jovens encontrarão nos adultos a cumplicidade necessária para buscar orientação quando precisarem.
Thinkstock

Seu filho está namorando escondido?

Por timidez ou receio da reação dos pais, o adolescente pode resolver não contar que está namorando. Faça o teste a seguir e descubra se é o caso do seu filho ou filha. Consultoria de Iracema Teixeira, psicóloga especializada em educação sexual, e Elizabeth Monteiro, psicóloga e autora do livro "Criando Adolescentes em Tempos Difíceis" (Summus Editorial)

Como entrar no tema

Mesmo nas famílias em que o assunto não é um tabu, abordá-lo com o adolescente requer tato. Esqueça as conversas com horário marcado. Maria Helena Vilela, enfermeira-obstetra, educadora sexual e diretora do Instituto Kaplan, instituição privada que se dedica aos estudos sobre sexualidade humana e à educação sexual, sugere aproveitar um momento em que o filho faz um comentário ou demonstra interesse sobre o tema para entrar no papo.
Antes da primeira relação sexual, também é fundamental que os jovens conheçam o que pensam os seus pais sobre sexo e quais são as regras da casa.
"É papel e obrigação dos pais expor os valores familiares, mesmo que o filho não venha a segui-los", afirma o psicoterapeuta Rodrigues Jr. Isso inclui falar abertamente sobre todas as condições relacionadas ao namoro, como passar a noite na casa do namorado ou namorada.

Um médico deverá ser consultado

Tão importante quanto as conversas dentro de casa são as consultas médicas. Após a primeira menstruação, a garota precisa ir ao ginecologista. Já o menino pode ir ao urologista quando começarem a surgir as primeiras transformações físicas, como aumento de pelos no corpo e ganho de massa muscular.
Além de realizar um exame físico –importante para a detecção precoce de disfunções ou doenças–, o papel do especialista nesse momento é, sobretudo, o de orientar e tirar dúvidas. Também vale levar os jovens ao hebiatra, médico especialista em adolescentes, ou mesmo ao pediatra da família. O importante é que os pais e o adolescente tenham confiança no profissional escolhido.

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