Polícia desmantela grupo que vendia vagas para curso de medicina em MG
Faculdades da Zona da Mata e Vertentes são apontadas como vítimas.
Quadrilha cobrava entre R$ 30 mil a R$ 140 mil para passar no vestibular.
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(Foto: Reprodução/Polícia Civil)
O G1 entrou em contato com a diretoria da Unipac, mas ainda não obteve retorno. O diretor da Funjob, Marco Aurélio Bernardes de Carvalho, disse que vai se informar sobre os detalhes da operação e que repudia ações de quadrilhas como essa. Afirmou que a faculdade está à disposição para colaborar com a Polícia Civil e que o vestibular da instituição é realizado pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep).
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As investigações apontaram que a organização criminosa auxiliava o candidato a ingressar ilicitamente no curso de Medicina, cobrando pelo “serviço” valores que variavam entre R$ 30 mil a R$ 140 mil, dependendo da modalidade de fraude utilizada. O método podia ser aplicado por meio de telefone celular, ponto eletrônico, vaga direta, terceiros que faziam a prova no lugar do candidato ou pela falsificação de históricos escolares.Denominada “Hemostase”, a operação foi iniciada há oito meses pela Delegacia Regional de Caratinga, sede da comarca judicial que expediu 21 mandados de prisão e outros 32 de busca e apreensão. Uma equipe de 180 policiais se dividiu entre 17 cidades de Minas e do Rio de Janeiro, utilizando 38 viaturas e um helicóptero.
Foram presos um funcionário público aposentado de 63 anos e de uma mulher de 37, considerados coordenadores do grupo. Além deles, outras 19 pessoas foram presas. Com a quadrilha foram apreendidos cerca de R$ 500 mil em dinheiro, sendo U$ 25 mil, celulares, documentos, pontos eletrônicos, munições de uso restrito e um veículo de passeio.
Os presos por envolvimento no esquema poderão responder por crimes como associação criminosa, fraude de certames de interesse público, estelionato, falsificação de documentos públicos e de documentos particulares, falsidade ideológica, falsa identidade e lavagem de dinheiro.
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