Sem acordo, aeroviários entram em estado de greve
Trabalhadores reivindicam reajuste de até 10%, enquanto empresas oferecem 5,5%

-Leia também: greve de aeroviários paralisa aeroporto de Congonhas
"Vamos passar pro usuário por qual motivo não estão aceitando a negociação. Mostramos com dados do IBGE que a aviação cresceu mais de 25% e que as empresas aéreas estão tendo lucros absurdos", explica o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), Luiz da Rocha Cardoso Pará.

Aeroviários realizam protestos e impedem o atendimento nos balcões do Aeroporto de Congonhas (SP)
A reivindicação do sindicato é de 10% acima da inflação para quem ganha o piso da categoria e 8% para quem ganha acima do piso. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), porém, acena com reposição da inflação de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), por volta de 5,5%.
No dia 11, às 14h, haverá uma nova rodada de negociações na sede do SNEA. Segundo Odilon Junqueira, coordenador das negociações de parte do SNEA, a oferta patronal "não é pouca coisa". "Houve avanços significativos com a proposta de conceder o INPC integral tanto para os aeronautas como para os aeroviários", avalia Junqueira.Se a reunião do dia 11 não acabar em acordo, os sindicalistas planejam protestos em aeroportos de todo o País no dia 20 de dezembro, quando o fluxo deverá ser grande nos locais em função dos deslocamentos de passageiros para as festas de fim de ano.
Na manhã desta quarta-feira (4), cerca de cem aeroviários fizeram protesto e paralisaram atividades no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.
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