«O Hobbit: A Desolação de Smaug»: Terra Média ainda tem muito para dar
Acção e puro entretenimento! Na segunda entrega da trilogia baseada no livro «O Hobbit», de J. R.R. Tolkien, o produtor, argumentista e realizador Peter Jackson entrega-se por completo ao cinema espectáculo, oferecendo 161 minutos de tirar a respiração em «O Hobbit: A Desolação de Smaug». Os fãs mais fanáticos de Tolkien certamente que têm motivos para reclamar (o principal a criação de uma personagem, um elfo feminino, Tauriel), mas a verdade é que o futuro do cinema blockbuster passa muito por aqui…
Prepare-se! «O Hobbit: A Desolação de Smaug» deixa poucos minutos para descansar. Durante cerca de 2h40 Jackson e a sua equipa voltam a surpreender, desta vez com um filme que busca na aventura, no non-stop e na acção o seu principal trunfo. É verdade que a magia da Terra Média continua presente, que a história de «O Hobbit» é respeitada na sua essência, que o anel continua a ser um dos elementos chaves da trama, mas é precisamente na odisseia de Bilbo Baggins e os seus 13 companheiros, liderados por Thorin Escudo-de-Carvalho, onde está todo o atractivo do filme.Desta vez, o grupo dirige-se a Montanha Solitária, em busca do reino perdido dos anões de Erebor. Pelo caminho encontram Beorn, um homem que se transforma numa espécie de urso, pavorosas e tenebrosas aranhas gigantes na Floresta Tenebrosa, elfos, inúmeros orks, a Cidade do Lago e, principalmente, um dos seres mais emblemáticos da literatura de Tolkien, o dragão Smaug. A sua personalidade, que alterna entre a arrogância, a indolência e a raiva, é de aplaudir, assim como a sua criação (esqueçam todos os dragões do passado na história do cinema e da televisão…).

Há nitidamente uma mudança de ritmo entre «O Hobbit – Uma viagem inesperada» e «O Hobbit: A Desolação de Smaug». Se no primeiro temos um filme inconsequente e de certo modo fastidioso, esta segunda entrega acrescenta algo ao “Universo Terra Média”. A verdade é que Jackson encontrou novos mundos por explorar e aproveita do melhor modo esse factor, tanto em termos argumentativos (o triângulo amoroso entre Legolas, Tauriel e Kili é apenas um mero exemplo) como de produção.
No final, saímos do cinema a lamentar o termos de esperar por mais um ano para sabermos o desfecho desta trilogia, para conhecermos o que Peter Jackson reservou para nós, cinéfilos, para ver novamente o voo de Smaug e as aventuras de Bilbo Baggins. Depois de uma primeira entrega que decepcionou muitos dos seus fãs, o realizador de «O Senhor dos Anéis» regressa em grande e oferece uma obra digna do mundo fantástico de Tolkien.
Agora é esperar por 365 dias…
Ficha técnica:
Título: «O Hobbit: A Desolação de Smaug»
Título Original: «The Hobbit: The Desolation of Smaug»
Realização: Peter Jackson
Elenco: Evangeline Lilly, Andy Serkis, Benedict Cumberbatch, Cate Blanchett, Christopher Lee, Ian McKellen, Manu Bennett, Martin Freeman e Orlando Bloom
Género: Acção/Aventura
País: Estados Unidos
Duração: 161 minutos
Ano: 2013
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