Cheia do Madeira afeta ajuda humanitária a haitianos no Acre
Eduardo Duarte
Do UOL, em Rio Branco
Do UOL, em Rio Branco
- Sérgio Vale/Secom-AC
Caminhões tentam passar por estrada alagada pela cheia do rio Madeira
De acordo com a representante da empresa, Lenir Albuquerque, no comércio local de Brasiléia não é mais feita venda no atacado e a venda a varejo está racionada por pessoa. "Estamos fornecendo nas marmitas o que temos. Às vezes, só carne e arroz", disse.
Lenir disse ainda que os produtos que garantiriam o fornecimento regular da alimentação aos imigrantes estão retidos em Porto Velho aguardando serem transportados pela fab (Força Aérea Brasileira).
"Sei que o governo está fazendo o que pode, já comunicamos a situação e estamos no aguardo, mas acredito que até o final de semana, se não chegar nada, não haverá como fornecer as marmitas para eles."
Segundo Damião Borges, representante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos em Brasiléia, hoje estão alojados na cidade pelo menos 2,5 mil imigrantes haitianos e senegaleses. Desses 1.900 estão em um abrigo público e os demais espalhados em hotéis e casas custeadas pelos próprios imigrantes.
"De 2011 para cá mudou muito o perfil deles. Hoje não dá mais pra dizer que são refugiados, são imigrantes a procura de trabalho, de uma melhor condição de vida. Alguns deles têm um poder aquisitivo razoável e alugam casas enquanto aguardam para ir para o Sul e Sudeste", destacou Borges.
Ainda segundo Borges, todos os dias saem entre 20 e 30 imigrantes por avião, porém chegam entorno de 50 a 60 imigrantes pela fronteira do Acre com o Peru. "O número só aumenta e com essa crise de abastecimento está ficando mais difícil a cada dia".
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